Foi em 2013 que Adriely Dias, ainda adolescente, viu pela primeira vez a rainha da quadrilha Nação Nordestina se apresentando em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará. “Um dia, eu quero estar ali”, desejou ao se encantar pelo mundo junino e pela energia que a rainha despertava no público. Agora, aos 22 anos, ela chega às quadras como rainha da Nação Nordestina e destaca a importância de ocupar esse espaço como mulher trans.

“Minha ficha não caiu até hoje. Vai cair quando eu realmente estiver ali dançando. Vai ser uma emoção muito grande”, conta Adriely. Nos meses que antecedem a estreia, ela tem se dividido entre os preparativos para o São João e o trabalho como cabeleireira em um salão de beleza da cidade. Os ensaios de terça a domingo incluem as danças com o elenco da quadrilha e os momentos em que busca aperfeiçoar os movimentos com o auxílio de um coreógrafo.

“Quando chega o São João, eu me entrego de corpo e alma. Eu passo meses sonhando com aquilo, me preparando, me dedicando. E como esse é o meu primeiro ano como rainha de uma das maiores quadrilhas do Ceará e do Brasil, eu fico muito feliz pelo reconhecimento e pela forma como as pessoas me abraçam.”

Para a nova rainha, os elementos fundamentais para cumprir bem a função são simpatia, desenvoltura e autenticidade.

Matéria de autoria da jornalista Thaís Brito, publicada no portal G1 Ceará.

Para ler na íntegra, acesse o link: https://g1.globo.com/ce/ceara/saojoao/noticia/2023/05/01/mulher-trans-realiza-sonho-de-dancar-como-rainha-da-quadrilha-junina-no-ceara.ghtml